A literatura de cordel é uma espécie de representação da cultura popular escrita, em formato de poesia, impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Ganhou este nome, pois é exposta ao povo amarrados em cordões, que são estendidos em pequenas lojas de mercados populares, feiras, praças ou até mesmo nas ruas. Muitos historiadores e antropólogos estudam este tipo de literatura com o objetivo de buscarem informações preciosas sobre a cultura e história de uma época.Em meio à ficção resgatam-se dados sobre vestimentas, crenças, comportamentos, objetos, linguagem, arquitetura, etc. Esta literatura chegou ao Brasil através dos portugueses, na segunda metade do século XIX, e aos poucos foi se tornando popular. O objetivo de mostrar esta literatura é trazer, não só aquilo que todos conhecem, mas também curiosidades, tais como: as variações da metrificação deste estilo, os grandes escritores, bem como informar a existência da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.Os folhetos de cordel possuem um número variável de páginas: 8, 16, 32 ou 48. Os dois primeiros tipos são, geralmente, destinados a contar algo ocorrido na região – os chamados versos noticiosos. Os mais longos são romances, que narram histórias de ficção ou da carochinha. Os versos são escritos em sextilhas ““ estrofes de seis linhas com sete sílabas poéticas cada uma com o seguinte esquema de rimas: AXBXCX, raramente são escritos em setilhas AXBXCCX ou décimas, que obedece ao esquema de rimas já consagrado na categoria de viola: ABBAAXXOOXPara saber mais:
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